Ciclovia, Rota 206, ao Sul da Cidade de Eterna, Região de Sinnoh; Dia 25 de Dezembro, 7h34.
Don, May e Lyrche ficaram boquiabertos quando o menino acabou de ler o texto. May ainda não havia lido, esperara para ler com os amigos. Don quebrou o silêncio.
- Essa é, com certeza, a letra de Kyo, mas o que quer dizer tudo isso? A única frase com sentido foi "Olhem a minha mochila"! "O Herói que Captura" devo ser eu. Modéstia à parte, mas peguei um Steelix e um Ursaring na folga. "O Herói das Relíquias" é provável que seja a Lyrche, já que ela é Caçadora de Tesouros... Agora "O Herói que Evolui"? Será você, May?
- Vamos olhar a mochila dele! - disse Lyrche, quando May deu de ombros.
Lá, guardado cuidadosamente em um bolso, estava um outro papel.
- E então? - perguntou Don.
- Eu sinceramente não sei. Não podemos simplesmente abandonar tudo e tatear como cegos até Hoenn seguidos apenas por palavras sem nexo de alguém que nos abandonou - disse Lyrche.
- Eu acho que devemos dar mais uma chance ao Kyo - disse May - Se ele não nos contou o que ia fazer, provavelmente foi para o nosso bem...
- ...Ou porque não queria que nós o impedíssemos - interrompeu Don.
- Eu com certeza não teria deixado - afirmou Lyrche.
- Nem eu - concordou May. - Mas ele já até traçou um plano. Parece que nada pode dar errado. Don, você pode continuar aprimorando suas habilidades de Criador enquanto viajamos por Hoenn. E você, Lyrche, quem sabe que tipo de tesouros encontraremos aguardando por nós nessa região?
- E então? - repetiu Don, esperando uma resposta de Lyrche.
- Acho que devemos nos informar mais sobre o que ele está falando no bilhete - respondeu May, já procurando uma conexão com a Internet em seu moderno Pokétch.
Ela digitou algo no teclado externo que havia plugado e esperou.
- Sem conexão...
- Isso já era de se esperar. Estamos em uma rota um pouco distante da cidade. Mas querem saber? - disse Don - Mas eu confio no Kyo. Somos amigos, apesar de nossos pais não quererem, desde pequeninos. Eu o conheço muito bem e sei que ele não planejaria nada contra nós.
- Como você pode ter tanta certeza? Nós conhecemos a May há algum tempo e nem o sobrenome dela nós sabemos.
Don fez menção de concordar mas foi interrompido por um olhar fatal de May.
- Quer parar com isso, Lyrche? - bufou May - O que estamos fazendo é sério!
- O que eu falei também é sério, May. Não quero tatear por uma região enorme seguida apenas por um mapa e uma profecia que nem sei se é verdadeira.
