Cidade de Canalave, Região de Sinnoh; Dia 27 de Dezembro, 20h39.
- Lyrche, isso não é hora de usar o homem para conseguir o que quer, não! - repreendeu-a Don.
- Como passar a perna! - berrou ela - Me desculpe, senhor. Na Ilha da Lua Cheia nós devemos coletar uma Pluma Lunar, o que curará seu filho da maldição de Darkrai.
- Garota... Você está certa disto?
- Sim. Vamos?
O marujo saiu da casa com Don, May e Lyrche, deixando sua esposa cuidando do filho, que continuava gemendo.
Já no barco, Lyrche explicou.
- As Plumas Lunares são penas místicas que caem da própria Cresselia, o Pokémon Lunar e eterno rival de Darkrai. Todos os anos, Darkrai surge em Canalave, pois sua casa, a Ilha da Lua Nova, é próxima da cidade. Mas o Pokémon nunca fez isso. Há algo irritando-o.
Quando chegaram na ilha, Lyrche saltou do barco e correu. Don, May e Eldritch fizeram o mesmo. Procuraram sob as pedras, no meio das árvores, no chão. Nada. Nem o menor sinal de pluma. Se é que pluma deixa sinal. Don estava cada vez mais preocupado e a expressão crescente de terror no rosto de Eldritch agoniava Lyrche. Ela não queria passar por mentirosa ou interesseira, por isso procurava com esforço. Mas nada foi encontrado. Don ia fazer uma piada sobre Cresselia ter se tosado, mas viu que não era uma boa hora. Os amigos estavam voltando desanimados para o barco (Eldritch mais que desanimado, ele estava arrasado), quando uma luz atrás deles atraiu sua atenção.
A lua cheia, que brilhava mais que o normal, estava literalmente se duplicando. Enquando a original permanecia no lugar, um segundo círculo de luz descia. Os amigos ficaram espantados e boquiabertos com o fenômeno. A própria Cresselia havia despertado para combater o mal de Darkrai. Sua luz abrandou e ela flutuou lindamente sobre o mar até a Ilha da Lua Nova, deixando cair uma pluma no chão da ilha. Lyrche, com um salto, correu até a pluma e a coletou, radiante por poder iniciar a sua coleção.
Seu sorriso desapareceu no momento em que viu que todos estavam observando-a.
- É, eu já sei. Iremos usá-la para curar o filho de Eldritch... - e baixou a cabeça.
May, atrás dela, perguntou, sobressaltando-a:
- É para comer? Se for diz pro moleque deixar um pouco para mim.
- May, por favor! Vamos para a outra ilha! - berrou Don.
O quarteto seguiu Cresselia de longe até a morada de Darkrai. O equilíbrio entre Cresselia, que trazia sonhos bons e Darkrai, que trazia pesadelos, havia se instabilizado. Cresselia planejava repreender o rival para restabelecer o equilíbrio.
Cresselia parou.
Don desceu do barco e viu logo. May viu depois e abriu a boca. Eldritch arregalou os olhos.
- Afinal, porque Darkrai fez aquilo com o filho de Eldritch? - perguntou Lyrche.
- Porque era o único modo dele avisar a alguém que isso estava acontecendo com ele - disse Don, enfaticamente.
Diante deles, na Ilha da Lua Nova, estava Darkrai, tomando choques elétricos constantes de uma máquina gigante de vidro que o prendia.
Dawn se virou e sorriu maliciosamente.
- Oi, maninha.
Cresselia, o Pokémon Lunar. Partículas brilhantes são liberadas de suas asas como um véu. Diz-se que isso representa a Lua Crescente.
Darkrai, o Pokémon Escuridão. A lenda diz que em noites sem lua, Darkrai faz as pessoal dormirem para fazê-las ter pesadelos.