55 - Base 1

Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 8h56.
Já era manhã quando May e Lyrche acordaram. Estavam dentro de um cela protegida por barras elétricas em um corredor e paredes metálicas. De vez em quando passava um guarda policial para observá-las. Ao se certificar de que o último guarda que passou já havia desaparecido no final do corredor, May liberou seu Torterra. Mesmo estranhando não ter ninguém vigiando-as o tempo todo - pareciam muito confiantes que elas não escapariam -, May mandou Torterra se jogar contra as barras da cela. Como era do tipo Terra, o Pokémon não se machucou, mas as barras nem se moveram.
- Torterra, use as suas vinhas!
O Pokémon golpeou as barras com as vinhas, mas sem causar dano algum. As garotas tentaram vários Pokémon nas barras da cela, inutilmente. Nem Drifloon, que era um fantasma, conseguiu atravessar as paredes da cela sem tomar um choque elétrico. Já furiosa e sem pensar, May se jogou contra as barras, levando um choque violento e caindo no chão. Depois de alguns minutos a garota se acalmou e as duas sentaram-se.
- Lyrche... O que você acha que vai acontecer agora? - perguntou May, depois de um tempo em silêncio.
- Não sei, May... Você acha que Don virá nos salvar?
- Com certeza ele tentará, mas há uma grande chance de ser preso também... Se pudéssemos ao menos nos teleportar, bastaria que apertássemos o botão ao lado da cela para que essa corrente elétrica cessasse.
E enquanto May tagarelava sobre "não precisar apertar o botão após se teleportar porque elas já estariam do lado de fora da cela", Lyrche tinha uma ideia vindo à cabeça.
- ...E então mamãe e papai se casaram. Foi uma festa linda, todo mundo diz...
Lyrche, perdida na conversa de May, a interrompeu.
- May, eu sei como sairemos daqui.

Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 9h09.
Don emergiu, já dentro da prisão. Era um lugar enorme: cinco andares estavam dispostos em torno de um espaço vazio, onde no andar mais embaixo ficava o porto por onde Don entrou junto com a água do mar, tudo dentro da pedra gigantesca. Hipnotizado com o tamanho daquele lugar, Don foi girando a cabeça, observando todos os andares por onde teria de procurar as amigas até seus olhos se erguerem para o teto da caverna. E o que ele viu o preocupou muito. Então ele reconheceu o lugar onde estava. Pois do teto descia um forte cabo de metal que sustentava um gigantesco símbolo que girava no meio do espaço vazio, entre os andares: Um "A" com pernas que pareciam ossos e um "G" amarelo e pontudo entrelaçados giravam majestosamente no meio da enorme caverna.
Então Don percebeu que estava no antigo Quartel-General da Equipe Aqua, cujo líder era o pai de Kyo, e não em uma prisão da polícia. E ele precisava alertar as amigas rapidamente, pois agora o problema se tornara várias vezes maior. Os símbolos entrelaçados representavam uma união que provavelmente era a mais temida do planeta. Uma união de forças que poderia levar os parceiros aos seus objetivos tenebrosos: a união da Equipe Aqua com a Equipe Galática.

Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 9h27.
- May, libere seu Drifloon novamente.
A coordenadora fez o que lhe foi pedido e Lyrche deu algumas instruções ao Drifloon. Quando a garota se afastou, Drifblim fechou os olhos e estendeu os dois bracinhos, iluminando a cela com uma luz arroxeada. O Pokémon começou a girar no ar. Ele parecia um lâmpada expulsando as sombras da noite girando e brilhando daquele jeito. O Pokémon foi envolvido pela luz branca da evolução. Dessa vez nada poderia interromper o fenômeno. Chamas misteriosas começaram a girar com o Pokémon, que ficava maior e muda. Se a situação não fosse tão crítica, May pensaria em usar aquele misterioso movimento no próximo Torneio. Então ele foi parando e a luz fantasmagórica se atenuou. E lá estava um belo Drifblim, os quatro braços flutuando no ar. Ouviu-se um barulho e um Mr. Mime surgiu dentro da cela.
- Olá, amiguinho! - cumprimentou Lyrche, com um sorriso simpático.
- Quem é esse aí? - perguntou May, confusa.
- É o Mr. Mime, que nos ajudou no museu com os livros. Não é, Mimey?
O Pokémon acenou para as duas e Lyrche agradeceu ao Drifblim. Ele havia enviado imagens da cela onde estavam para o Mr. Mime para que este pudesse teleportar para lá.
O Mr. Mime teleportou para fora da cela e apertou o botão. As grades subiram, liberando as amigas. Lyrche abraçou o Pokémon.
- Você quer ser meu parceiro? Quer viajar conosco?
O Mr. Mime fez que sim com o polegar e Lyrche pegou uma Pokébola vazia do bolso de May.
- Basta você tocá-la, Mimey. Vamos estar muito felizes com você do nosso lado - disse Lyrche, contente.
Mas justo no momento em que o Pokémon estava para tocar a Pokébola e fazer parte do grupo, ouviu-se um grito que quebrou toda a magia.
- As garotas escaparam, peguem-nas!


Drifblim: O Pokémon Dirigível e a forma evoluída do Drifloon. Por ele viajar sem rumo, apenas seguindo o vento, os Drifblim são incomuns e imprevisíveis.


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