Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 9h30.
Don saiu da água quando um único submarino partiu do porto, deixando o local deserto. Ele atravessou correndo o cais, desviando-se de diversos aparelhos eletrônicos e de aberturas na pedra que mostravam o ambiente marinho abaixo. Finalmente ele encontrou um corredor e uma escadaria. Subiu os degraus quase escorregando e caindo duas vezes e começou sua busca no primeiro andar.Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 9h43.
Quando ouviram o grito, as garotas correram desesperadamente, sem sequer olhar para trás. Ouviram passos pesados, talvez uma tropa inteira de policiais estivesse atrás delas. Entraram por um corredor à direita e um à esquerda, temendo andar em círculos, e então chegaram à varanda. Olharam para baixo e viram a grandiosidade do local. Estavam no quinto andar e na frente delas havia um símbolo enorme girando, sustentado por cabos de aço presos ao teto da caverna. E, por um segundo que pareceu um século, antes que as garotas se dessem conta de que estavam sendo perseguidas, elas pararam para ver o símbolo, que girava vagarosamente, brilhando à luz dos fortes holofotes que iluminavam o interior da caverna marinha. E o símbolo as aterrorizou.Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 9h46.
Éris olhava os mapas girando-os, colocando uns por cima dos outros, de cabeça para baixo, de cima e de lado e nada via de extraordinário. Um dos mapas representava as terras de Hoenn, com suas montanhas, deserto e florestas representadas toscamente no papel antigo. O outro mapa representava o céu e era uma espécie de calendário para os povos ancestrais. Parte do mapa continha um céu diurno com o sol representado e a outra parte, um céu noturno com estrelas e a lua. No geral o mapa representava os lugares mais altos de Hoenn, que ficavam acima das nuvens: o Monte Pira, o Monte Chaminé, o Pilar do Céu e uma enorme plataforma branca que Éris não conseguiu identificar. Mapas idiotas, não fazem sentido algum!, pensava. Nenhum do dois tinha alguma marca especial ou indicador.
O comunicador principal da sala de comando piscou. Uma ligação da chefia. Éris mandou Athena examinar os mapas e pressionou o botão para iniciar a comunicação. A tela de plasma do comunicador ligou. Apareceu uma forma humana virtualmente deformada para não ser identificada e uma moderna sala ao fundo. Uma voz igualmente deformada falou.
- Éris.
- Sim, chefe.
- Conseguiu os mapas?
- Sim, senhor.
- Hmm, muito bom, Éris. Eu sabia que poderia confiar em você. Dentre todos os meus comandantes, você é a mais capacitada. Se continuar fazendo tudo direitinho nosso objetivo não estará tão longe de ser alcançado.
- Obrigado, senhor - disse Éris, rígida. O grande chefe da Equipe Galática, seja lá quem fosse, era severo. Se qualquer movimento o desagradasse, Éris, mesmo sendo a principal comandante, poderia ser eliminada.
- Éris... Eu ouvi falar de umas crianças que estão atrapalhando nossa operação em Hoenn. É verdade?
Éris suou frio. Devia ter contado antes do chefe perguntar. Tarde demais, agora tinha que apresentar firmeza nas palavras.
- Em parte, chefe. Na verdade nós já demos um jeito nas crianças intrometidas.
- Bom mesmo, Éris. Porque criança nenhuma pode com a Equipe Galática. Nosso objetivo maior nunca será atrapalhado por crianças.
- É isso mesmo, chefe - então Éris se deu conta de uma outra luz piscando no comunicador. Uma ligação de emergência. A bruxa xingou mentalmente e procurou não aparentar preocupação diante da chefe - Senhor, tenho uma ligação pendente.
- Tudo bem. Desligo em 3... 2... 1.
A tela se apagou. Éris respirou fundo. A última ligação de emergência naquela central havia sido feita para reportar a falta de papel higiênico no banheiro masculino. A bruxa entendia porquê a Equipe Aqua não fora para a frente. Ela apertou o botão.
A ligação estava sendo feita pelo comunicador de pulso de um soldado.
- Senhora Éris! - disse ele, ofegante - Aquelas garotas fugiram da cela e estão correndo pela base. Peço reforços e, se possível, a sua presença. Câmbio, desligo.
Éris revirou os olhos. Pedir reforços e a sua própria presença para deter frágeis garotinhas? Soldados incompetentes.
- Athena, cuide dos mapas, eu vou sair - Éris mal esperou a comandante mais inteligente da Elite Galática responder e desapareceu no ar.Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 9h49.
Don ia em disparada pelos corredores do terceiro andar da caverna. Já havia passado por vários soldados das Equipes Aqua e Galática que saíam e entravam em diferentes salas nos corredores e percebeu uma diferença entre os soldados. Os da Equipe Galática movimentavam-se normalmente, com o brilho da vida nos olhos. Os soldados da Equipe Aqua, por sua vez, andavam se arrastando, como que contra a sua vontade, os olhos mortos, como se estivessem em uma eterna batalha consigo mesmos para decidir se deviam mesmo ou não estar lá. E enquanto corria, Don tirou a conclusão de que os soldados da Equipe Aqua não estavam lá por livre e espontânea vontade, mas sim porque foram enfeitiçados por Éris. E Don jurou para si mesmo que quando libertasse as amigas, tiraria aqueles homens dali também.
O garoto subiu as escadas do terceiro andar e disparou pela varanda. Vozes gritavam "Ei, garoto!" ou "O que pensa que está fazendo?". Ele estava dando a volta na varanda, quando soldados vieram pela frente e por trás, encurralando-o. Então ele entrou em um corredor e... BLAM!
Don chocou-se contra algo e caiu no chão. Uma voz familiar gemeu e, quando o garoto abriu os olhos, viu que estava diante das amigas.
56 - Sem sentido

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