53 - Em busca dos elementos

Museu de Lilycove, Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 2h52.
- Desistir? É o que nós vamos ver - disse Lyrche, trocando de lugar com Atena novamente e liberando Happiny - Meu amorzinho, que tal segurar essa malvada enquanto eu faço um pequena busca?
Happiny assentiu e prendeu Atena, que mesmo com toda a sua inteligência, subestimou o Pokémon e tentou se debater inutilmente. Lyrche desistiu de examinar a parede e passou para o quadro. Então ela descobriu uma lacuna entre a pintura e o fundo da moldura. Ela removeu a pintura e lá estavam três pedaços de papel. A garota pegou os dois mapas e o bilhete e os escondeu na roupa. Chamou Happiny de volta e deixou Atena desmaiada no chão.
Enquanto isso, as coisas não iam bem com Don. Os fantasmas de Éris haviam nocauteado Steelix e Tropius e agora atacavam Ursaring junto com Purugly. O Pokémon também não duraria muito tempo de pé.
Lyrche correu para dar reforço e liberou Taillow. O pássaro foi atingido pelos golpes covardes dos fantasmas invisíveis e Lyrche pensou ter visto algo mover-se nas sombras. Repentinamente, algo passou pela sua cabeça. Para confirmar sua ideia, ela comandou Taillow e o fez voar para o outro lado. Ela percebeu mais movimentos no escuro e Taillow foi atingido.
A garota mandou Taillow voar de um lado para o outro e Happiny se embrenhar secretamente nas sombras. Taillow foi atingido várias vezes, mas depois de um tempo os ataques pararam. Nesse momento, Happiny surgiu das sombras com Éris desacordada. Don arregalou os olhos.
- Co-como você soube?
- Ah, foi fácil. Não eram os fantasmas que atacavam seus Pokémon, era a própria Éris, com sua macumba nojenta. Percebi os movimentos dos cabelos dela no escuro quando os ataques ocorriam. Ela chamou Rotom e Haunter para fazer você perder tempo atacando o ar enquanto na verdade a fonte dos ataques era ela. A bruxa ficava no escuro para que não percebêssemos... - Então Lyrche viu algo estranho no fim do corredor. Uma mãozinha branca com pontos vermelhos nos dedos agarrada ao fim das estantes de livros. Ela tentou não dar atenção, nem sentir medo, mas não conseguia desviar os olhos daquela mão - seus... movimentos...
- Lyrche... Eu nunca teria pensado nisso...
- Ah, não foi nada... - respondeu, distraída.
Mas nesse momento algo inesperado aconteceu. Éris deu uma gargalhada e sumiu no ar, deixando Happiny confuso. Don sentiu um forte golpe no estômago e então tudo desapareceu. A última coisa que ouviu foi Lyrche gritando seu nome.
Lyrche se obrigou a virar o rosto e olhar para Éris. A garota suava frio e seu mundo girava. De repente um grito a trouxe de volta ao chão. May havia pulado pelo buraco na clarabóia com Torterra e Drifloon, causando um leve tremor de terra. Os Pokémon se dirigiram para a bruxa e seu Purugly, mas os olhos do gato reluziram e uma onda psíquica os fez voar contra um estante de livros que ia até o teto. O impacto provocou um tremor no chão que foi até Lyrche. Na mesma hora Drifloon começou a iluminar. Ele estava evoluindo. Os olhos de May brilharam e Lyrche ficou boquiaberta.
Mas o efeito do impacto começou. Um livro caiu do alto da estante na cabeça de Torterra. O Pokémon, desesperado, tentou sair do lugar, mas percebeu que estava com o casco virado para o chão. Com movimentos frenéticos, ele tentou se levantar, mas ficou naquela posição ridícula, girando sobre o casco como um pião. Outro livro caiu do alto da estante. May ficou apavorada e correu para ajudar Torterra. Enquanto isso, Drifloon, mesmo envolvido pelo brilho da evolução, parava no ar os livros que caíam da estante, com seus poderes psíquicos.
- Lyrche, venha me ajudar! Ele é pesado! - gritou May. Lyrche, que estava paralisada com a situação, voltou a si e correu para ajudar. Éris apenas gargalhava.
Drifloon estava pegando muito peso com sua mente ao mesmo tempo em que evoluía, a qualquer hora ele podia desmaiar. Mas de repente, veio uma ajuda do fim do corredor. Algum Pokémon estivera assistindo a toda essa batalha em silêncio e resolveu para qual lado torcer na hora certa. Drifloon, junto com a força telecinética do fim do corredor, ergueram os livros mais alto. Porém mais livros caíam e estavam ficando pesado mesmo para dois Pokémon...
Com muito esforço as meninas levantaram Torterra no momento em que o Pokémon Balão não aguentou mais e desmaiou, deixando os livros cair sobre ele. Num movimento rápido, Torterra lançou May e Lyrche com suas vinhas para o outro lado do corredor, um segundo antes de os livros caírem sobre ele e o parceiro.
Éris, então, se aproximou. Olhou para a pilha de livros que cobria Torterra e Drifloon, cuja evolução havia sido interrompida e a luz se apagava aos poucos, e para Atena, que acordava vagarosamente. Então ela lembrou-se da força misteriosa do final do corredor e olhou para lá. Apenas trevas. Virou-se para May, Lyrche e Don desmaiados. A bruxa se aproximou das garotas e pegou os dois mapas que estavam com Lyrche.
- Isso aqui, mocinha - disse ela, olhando para a garota com a cabeça inclinada, numa falsa expressão de pena - fica comigo.
Éris guardou os mapas, andou até o alarme de ladrões, quebrou o vidro e apertou o botão.
- Agora conheçam uma coleguinha minha, chamada Oficial Jenny. Ela os levará para um lugar especial... Na cadeia! - e gargalhou, desaparecendo junto com Atena, Purugly e seus fantasmas.
Don, então, abriu os olhos.
- É o que você pensa.


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