54 - Ilha-Prisão

Museu de Lilycove, Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 5h34.
May e Lyrche foram acordadas por uma forte luz no rosto. Fracas, elas ergueram as Pokébolas e recolheram seus Pokémon desarcodados debaixo dos livros. Levantavam-se vagarosamente, ainda tontas. Lyrche se apoiou em algo e usou o objeto para se levantar. Ela se agarrou em algum tipo de pano e quando sua consciência voltou completamente ela olhou para cima. E lá estava o rosto bravo de uma Oficial Jenny. Ela olhou em volta. Ela e May estavam cercadas por policiais sérios.
- Garotas, vocês estão na maior encreca. Estão presas por vandalismo ao patrimônio e furto.
- Moça, deixe-me explicar...
- Mas é claro. Na prisão!
- Oficial, nós não...
- Levem-nas, rapazes.
Então algo passou pela cabeça de May.
- Lyrche, aonde está o Don?
- Eu... Eu não lembro... Minha cabeça dói...
- Você ainda tem os mapas... Não tem? - perguntou May, baixinho.
Lyrche só sentia um dos três papéis que estavam em sua roupa. Seus braços estavam sendo algemados e ela não podia conferir agora. Balançou a cabeça negativamente, abaixando-a para evitar os olhos arregalados da amiga. Os policiais escoltaram-nas para um helicóptero que estava pousado perto dali. As hélices giravam, fazendo um barulho atordoante. De repente, tudo escureceu novamente para as garotas.

Cidade de Lilycove, Região de Hoenn; Dia 8 de Janeiro, 5h38.
O helicóptero estava decolando. Don viu que era hora de agir. Ele estava escondido no meio do mato, atrás de uma pequena loja de conveniências, observando o que acontecia. Liberou Tropius e, discretamente, saiu da cidade por terra com o Pokémon e levantou voo num lugar escondido. O helicóptero voou para o leste e Don, a uma distância segura e num lugar indetectável, o seguiu. Uma tempestade se formava nas nuvens acima de Tropius e um relâmpago foi absorvido por um pararraio de última geração no topo da Loja de Departamentos da cidade. Tropius desviou do prédio enquanto o helicóptero sobrevoava a praia, em direção ao mar. Um raio caiu próximo ao Tropius sobressaltando o garoto.
O helicóptero pousou num heliporto sobre uma enorme rocha no meio do mar e Don fez Tropius parar enquanto o veículo descia numa espécie de elevador para dentro da pedra. Quando o helicóptero sumiu dentro da rocha e o elevador secreto subiu novamente, Don pousou na mesma rocha. Ele não sabia como entrar na fortaleza de pedra discretamente. Ele retornou Tropius e olhou em volta. O lugar parecia muito natural para uma prisão. Um raio caiu no mar enquanto Don se aproximava a pé do penhasco. Lá embaixo havia um cano, despejando esgoto no mar. Era o único lugar por onde Don poderia entrar.
Mas não havia como nadar por todo o tubo e entrar na construção sem respirar. Don tinha que capturar um Pokémon marinho que o ajudasse. Ele pegou sua última Pokébola vazia. Só tinha uma chance de pegar um Pokémon e ajudar suas amigas. Ele pulou do penhasco e caiu no mar, que estava se agitando por conta da tempestade.
Don nadou para a superfície e sentou-se no tubo de despejo de dejetos. De lá ele viu vários Pokémon, mas nenhum que o interessasse. Um grupo de Wailmers em volta de um Wailord. Nenhum conseguiria sequer entrar no tubo. Vários Magikarps, sendo levados pelas ondas. Tão úteis quanto o Pokémon inexistente que estava dentro da Pokébola vazia de Don. Um grupo de Wingulls e Pellipers fugindo da tempestade. Voadores não ajudariam. Don estava perdendo as esperanças quando algo no fundo do mar chamou a sua atenção. Uma fraca luz piscou e piscou novamente. Don mergulhou novamente e viu um Chinchou desesperado, chamando o resto do grupo. Um cardume de Lanturns seguiu o Chinchou, deixando o lugar vazio novamente. Mas havia um ponto vermelho no fundo do mar. Don subiu à superfície para respirar e submergiu de novo, dessa vez mais próximo do ponto vermelho.
O que raios um ponto vermelho faz no fundo do mar?, pensou ele. Don aproximou-se do curioso pontinho e o tocou. Parecia uma rocha. Mas então a rocha se moveu. O ponto vermelho, na verdade, fazia parte de um Pokémon. Um peixe que media mais ou menos um metro, parecido com uma rocha. Ele tinha uma grande cabeça ossuda. Que carinha esquisito! É esse bem aí que eu vou querer.
Don emergiu e desceu novamente. Precisava capturar o Pokémon antes que a tempestade começasse. O peixe esquisito era um Relicanth. O meu Relicanth., pensou o garoto antes de partir para o ataque.


Relicanth, o Pokémon Longevidade é coberto com escamas que parecem pedras, que o permitem resistir à pressão do fundo do mar. A sua espécie durou mais de 100 milhões de anos sem sofrer nenhuma mudança e foi descoberta em explorações submarinas. Antes acreditava-se que estava extinto.


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